A avaliação de um profissional, feita pelo setor de Recursos Humanos das esferas pública e privada, tem incluído cada vez mais detalhes e pontos de atenção. Se no passado os recrutadores consideravam basicamente os conhecimentos técnicos em uma contratação, hoje, as características emocionais e psicológicas também têm grande peso no mundo do trabalho. Nesse contexto surgiu a necessidade de analisar também as soft skills e hard skills de cada candidato.
Seja para a aprovação em processos seletivos do mundo corporativo, seja para a convocação em concursos públicos de diferentes áreas, as hard skills e soft skills são primordiais na avaliação de um candidato. Isso porque elas abrangem boa parte do perfil profissional para definir se aquela pessoa se encaixa no cargo desejado.
Os conceitos são importantes não só para a entrada em um novo posto de trabalho, mas também para a evolução profissional no mesmo cargo, sendo, portanto, grandes aliados no desenvolvimento de carreira de todas as áreas. Conheça abaixo as definições e saiba como aprimorá-las.
Continue lendo

Hard skills: competências técnicas
De forma geral, as hard skills podem ser definidas como as aptidões técnicas, isto é, ligadas à prática que o profissional exerce. São as habilidades que podem ser ensinadas, aprendidas e aprimoradas por meio do estudo: cursos de graduação, livres ou técnicos; workshops e treinamentos; mestrados e doutorados; especializações e MBAs; entre outros.
Como exemplo, podemos considerar a avaliação das hard skills de um profissional de design gráfico. Fazem parte de suas competências técnicas, entre outras, o domínio de ferramentas de edição digital, como o Photoshop, o conhecimento sobre proporções e cores e a noção sobre formatos e canais de divulgação de seus produtos visuais.
Essas competências existem em todas as áreas de atuação profissional e, por isso, são sempre consideradas durante a avaliação de um candidato ou funcionário de qualquer empresa ou instituição. São elas que garantem que o profissional será tecnicamente competente para realizar um trabalho.
De forma geral, elas constam no currículo ou portfólio de um candidato ou funcionário e são as características mais fáceis de avaliar, já que contam com parâmetros técnicos, como a execução prática de uma atividade.

Soft skills: habilidades sociocomportamentais
Mais recentes dentro do espectro de análise de recrutadores, as soft skills são as características pessoais ou subjetivas de um profissional. Elas estão ligadas às capacidades comportamentais, emocionais e interpessoais do indivíduo em questão, fazendo parte não apenas do campo do trabalho, mas também da vida pessoal.
Por estarem vinculadas ao universo subjetivo, e não objetivo, as habilidades comportamentais são adquiridas ao longo da vida em diversas experiências (profissionais e pessoais). Dessa forma, são mais difíceis de identificar e compreender, já que não são medidas ou avaliadas com base em cursos e capacitações técnicas.
Esse ponto, contudo, não as torna menos importantes: as soft skills são essenciais para avaliar como um profissional se comporta e se relaciona no ambiente de trabalho, de que forma lida com situações adversas e qual seu potencial de evolução e transformação dentro daquele espaço.
Essas características incluem, por exemplo, comunicação, capacidade de persuasão, senso de liderança, proatividade, capacidade crítica, facilidade de trabalhar em equipe e aptidão para a resolução de conflitos e imprevistos.

Por que e como desenvolver?
O aprimoramento das habilidades técnicas e comportamentais é fundamental para profissionais de todas as áreas e em qualquer momento da carreira. Por esse motivo, cada vez mais tem se falado a respeito do desenvolvimento dessas características.
Trabalhar as hard skills faz com que o profissional esteja sempre tecnicamente capacitado para sua função, garantindo bons resultados em sua atuação cotidiana e trazendo reconhecimento e satisfação profissional. Esse processo pode ser feito por meio da realização de cursos livres, da leitura de livros, de graduações e pós-graduações e até da prática de exercícios em aplicativos de celular.
Desenvolver as habilidades sociocomportamentais, por sua vez, permite que o profissional aprimore suas relações de trabalho e de autoconhecimento, pontos-chave para a felicidade no trabalho e para o equilíbrio entre as esferas profissional e pessoal. As formas de aprimorá-las incluem, por exemplo, leitura de livros sobre temas pessoais, atividades coletivas, cursos livres e terapia.