Uma tecnologia financeira inovadora, com soluções simples, intuitivas e acessíveis para todos que ambicionam ter transparência e controle das suas próprias contas está tão na moda que se tornou uma alternativa disputada aos serviços tradicionais de banco. Vamos falar de mais um termo do glossário das finanças modernas, o open banking, uma modalidade tão popular que nem mesmo o mais ficcional e vanguardista dos roteiros de Oliver Stone em Wall Street seria capaz de prever tamanho bafafá no business atual.
Do final da década de 80, quando bancos, mercado acionário e instituições financeiras seculares e tradicionalmente pouco acessíveis aos seus clientes e correntistas definiam regras que marcariam toda uma geração, até os dias de hoje, muito dinheiro rolou. Toda a sorte de acontecimentos, inclusive no espectro geopolítico internacional, deu visibilidade aos mecanismos de funcionamento de um sistema financeiro: crises de confiança nas instituições, confisco de poupança e de investimentos em médio e longo prazos aqui no Brasil da década de 1990, corralito na vizinha Argentina (em 2001, o governo interrompeu o saque de depósitos em contas correntes e poupanças como forma de impedir a quebra do sistema financeiro do país), crise dos subprimes em 2007, falência de bancos pelo mundo todo.
Em 1987, o diretor hollywoodiano consagrava-se ao narrar, com o longa-metragem “Wall Street: Poder e Cobiça”, os bastidores do mercado acionário da NY Stock Market – palco de insider traders, como Gordon Gekko (Michael Douglas) e Bud Fox (Charlie Sheen), que se digladiavam em operações de compra e venda de ativos numa atmosfera pouco segura, confiável e amistosa.
Confira no documentário “Na Rota do Dinheiro Sujo” (“Dirty Money”), disponível no streaming Netflix, como pode ser dolorosa a ascensão e a queda de um grande banco, como o norte-americano Wells Fargo.
Depois de tanto desgaste, a recuperação da imagem das instituições bancárias tem sido tão assertiva que (quem diria!), chamou a atenção do grande público, não só restabelecendo a confiança como também impulsionando-o a fazer parte deste fantástico mundo novo. A grande aliada nesse processo de popularização das plataformas bancárias é a inteligência artificial, mais concretamente a tecnologia voltada para a experiência dos usuários comuns, que ambicionam, finalmente, empoderar-se na vida financeira.
O que é open banking e como funciona
Ao lado de programas de pagamento altamente funcionais, como o PIX (uma espécie de TED disponível 24/7), o open banking vem com uma promessa audaciosa: os dados bancários são de propriedade do cliente, e não exclusivamente do banco. Essa transparência permite uma personalização dos produtos e dos serviços do banco onde são correntistas. De forma integrada e funcional, toda a trajetória econômica (inventariada) do cliente fica disponível, por exemplo, para uma análise de crédito torna-se mais completa, precisa e organizada, tornando cada vez mais desnecessário a análise de crédito morosa e pouco funcional.
Os dados sigilosos (é importante frisar essa informação!) são protegidos pelo banco e devem ser compartilhados apenas com a autorização do cliente. Por isso, hoje, um conjunto considerável de inovações tecnológicas no setor dos serviços financeiros tornaram a utilização dos bancos ainda mais segura, confiável e acessível a (quase) todo mundo.
Open Banking e Pagamento Instantâneo
Como os principais benefícios do open banking podem mudar o mercado
Essa nova tecnologia financeira tem despertado a atenção de diversos segmentos econômicos, inclusive de sites de vendas e-commerce e afins. Para os mais tradicionais, uma das principais vantagens é a otimização do trabalho administrativo, o chamado back office das agências financeiras, uma vez que não possuem grande custo com estruturas físicas. Mas essa tendência mundial de inovação, que veio transformar a relação do grande público com os bancos e a forma como essas instituições cuidam do dinheiro dos clientes, tem feito mesmo a cabeça e o bolso das pessoas comuns. A acessibilidade, a facilidade e a transparência no histórico de dados têm permitido, inclusive, que correntistas planejem melhor os seus investimentos.
Há diversas startups que têm posto em causa as estruturas rígidas de utilização financeira simplesmente porque a utilização dos open bankings é simples: uma plataforma de gestão e de controle, por parte do usuário, do entra-e-sai do seu dinheiro, dentro e fora do país. Embora se assemelhem, em alguns aspectos, ao serviço tradicional, esse tipo de banco mais aberto e transparente, por serem virtuais, dispensam o procedimento analógico de ida (quase sempre estressante) às agências para se falar de dinheiro – embora haja uma comunicação bem estruturada com os seus clientes –, permitindo, então, que as operações sejam acompanhadas e executadas a uma velocidade e eficiência quase algorítmicas.
Mas, por parte dos open bankings, há também um desafio, como pesquisou a equipe da Link Nacional: a regulamentação por parte do Banco Central. Ao que tudo indica, ainda em 2020, teremos um conjunto de regras mais amplo e criteriosamente definido e, assim, possibilite aos usuários liberarem seus dados.
Banco aberto, mercado idem
Automação e democratização do acesso ao inventário financeiro de cada cliente, à distância de um toque do celular, estão, definitivamente, a mudar a forma como nos relacionamos com o mercado, com o nosso dinheiro e, claro, com o nosso futuro. Uma Wall Street bem diferente da de Oliver Stone.
Nós temos a solução
Tenha uma equipe profissional pronta para te ajudar rapidamente