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Mineração de criptomoedas: vale a pena?

por | 03/10/24 15:13 | Criptomoedas

As moedas digitais foram criadas na primeira década deste século XXI, no ano de 2008. Apesar do recente nascimento, elas já são fortes candidatas a atuarem como o dinheiro do futuro, ou seja, a atuarem como as moedas oficiais, que mediarão todas as relações comerciais nos próximos anos. Ao mesmo tempo, ainda há muita confusão em relação a forma como elas funcionam, como são produzidas, a respeito da sua segurança e de outros aspectos que as envolvem.

Como, então, o tema das criptomoedas é muito largo e complexo, tratar separadamente cada um dos tópicos desse assunto é uma maneira de expor o conteúdo de forma mais didática. Com base nessa premissa, separamos este texto, que vai falar apenas sobre a mineração de criptomoedas.

Por ser um texto de assunto único, este mesmo assunto pode ser tratado com certa profundidade. Ou seja, é possível descrever, com detalhes, o funcionamento do processo, dar exemplos e explicar a coisa de modo que mesmo aqueles, que nada entendem do tema, possam absorver alguma porcentagem dele.

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Mineração de criptomoedas Vale a pena?

O que é a mineração de criptomoedas?

O verbo minerar tem como referente mais comum a atividade de mineração, que são escavações realizadas com a finalidade de encontrar certas substâncias. Dessas substâncias as mais famosas são os minérios (ouro, prata e certos cristais como o diamante), mas também podem ser água ou combustíveis fósseis.

Olhando agora para o mundo digital, o termo “mineração de criptomoedas” é empregado como uma metáfora do que acontece no mundo natural. Na natureza os mineradores trabalham sem cessar até conseguir extrair os minérios. Da mesma forma, na realidade digital, computadores (super computadores) laboram incessantemente até conseguir o ouro, a prata e o diamante do universo digital: Bitcoins ou altcoins.

Então, essa é a explicação para o termo “minerar criptomoedas”. No entanto, este não é o único modo que existe para explicá-lo. Pois pode-se também usar de um conceito fixo; como este que diz: a mineração é uma maneira de se ganhar novas criptomoedas, usando, para isso, máquinas com alta capacidade e velocidade de processamento de dados.

Dos dois modos, é possível conceituar a mineração. Mas a compreensão mesma só avança quando se enxerga o seu funcionamento. Ou seja, quando conseguimos imaginar os mineradores digitais trabalhando.

Como funciona a mineração de criptomoedas?

O problema de conceituação da mineração de criptomoedas já foi resolvido: é uma forma de se adquirir novas criptomoedas. Não é a única maneira, há outras (isso precisa ficar claro), mas é uma alternativa. Contudo, saber o conceito significa apenas ter em mente uma definição, que ajuda a compreender, mas não é tudo. Por isso, é preciso ir além e entender verdadeiramente como ocorre o processo no mundo real ou, nesse caso, no digital.

Para começar, vamos retomar o que foi dito na introdução do post: que a mineração é apenas um dos tópicos que compõem o assunto criptomoedas e, portanto, ela está relacionada de maneira íntima com alguns outros. Um deles chama-se Blockchain, que precisa ser citado na explicação do funcionamento da atividade mineradora.

Nesse momento, o que é necessário entender é que blockchain é, de forma resumida, uma cadeia ou corrente de blocos virtuais. Cada um desses blocos armazena informações a respeito de operações financeiras realizadas entre carteiras digitais de criptomoedas. O fato importante é que os dados dessas operações estão sempre criptografados por um código chamado Hash e cada bloco também tem o seu próprio Hash, que precisa ser validado antes de fazer parte da cadeia dos blocos já existentes, a blockchain.

A mineração de criptomoedas inicia exatamente nessa etapa de validação dos blocos. O seu papel é tentar encontrar o código Hash do bloco em questão no momento. Isso acontece através de computadores de alta performance. Vários deles, no mundo inteiro, trabalham ao mesmo tempo com a mesma finalidade: encontrar o Hash do bloco, validá-lo. Vence a competição aquele que primeiro conseguir validar o bloco, recebendo uma quantidade de criptomoedas (bitcoins ou altcoins) como recompensa.

Vídeo de ilustração para ajudar no entendimento do processo de mineração:

Onde minerar criptomoedas?

Como vimos, a atividade de mineração das moedas digitais pede um alto poder computacional. Este fato, por si mesmo, já constitui um obstáculo para quem deseja trabalhar com mineração de criptomoedas, pois muitas vezes é inviável do ponto de vista financeiro, adquirir todo o maquinário necessário.Além disso, há o agravante de que a própria atividade fica cada vez mais difícil. Isso acontece porque as operações a serem realizadas pelos computadores aumentam, com o caminhar do tempo, de complexidade; e isso exige mais poder computacional.Como solução a este problema (de onde e minerar as criptomoedas) dois caminhos podem ser adotados: existem as fazendas de mineração e também há a possibilidade de mineração em nuvem. Confira nos próximos tópicos do que se tratam essas técnicas!

O que são as fazendas de mineração?

Retomemos o problema: há uma crescente necessidade de maior poder computacional, justificada pela complexidade cada vez maior de se encontrar os códigos Hash dos blocos.

Considerando isso, uma das soluções encontradas foi reunir em um só lugar computadores e servidores de alta performance, trabalhando em conjunto na atividade de mineração, com o objetivo de aumentar a capacidade de resolução dos cálculos e encontrar os códigos Hash. Esse lugar, onde a agremiação de máquinas superpotentes acontece, recebe o nome de “fazenda” (em geral são grandes galpões).

Máquinas velozes

Como a finalidade do trabalho feito nessas “fazendas” é exclusivamente minerar criptomoedas, elas (as fazendas) recebem um termo qualificador: “de mineração”.
Portanto, as fazendas de mineração são isso: locais onde máquinas com alta capacidade e velocidade de processamento são reunidas para trabalharem juntas e, assim, conseguirem um maior poder de resolução dos complexos cálculos que levam ao código Hash de um bloco.

As fazendas de mineração são um dos locais onde se pode minerar criptomoedas com maior eficiência. Para quem já é do ramo e trabalha individualmente, juntar-se a outras pessoas mineradoras de criptomoedas e construir pequenas fazendas é uma maneira de continuar nessa atividade de extração de bitcoins e dos demais altcoins.

Mineração em nuvem

Para quem ainda não entrou na atividade de mineração ou já a realiza, mas consegue montar suas fazendas, a mineração em nuvem pode ser uma alternativa. O conceito de mineração de criptomoedas em nuvem é bastante simples: a palavra “nuvem” se refere à internet. Portanto, a mineração em nuvem é a mineração realizada através da internet.

Em outras palavras, é uma outra maneira de se realizar essa atividade. Nesse modelo, empresas de mineração oferecem toda a infraestrutura computacional necessária para o trabalho. Desse modo, qualquer pessoa pode contratar o serviço dessas empresas, conectar-se virtualmente a um dos supercomputadores fornecidos e trabalhar normalmente.

A vantagem principal que a mineração em nuvem oferece é a possibilidade, que tem qualquer pessoa, de trabalhar com criptomoedas, ainda que não possua os equipamentos necessários. Sendo, por isso, uma segunda resposta à pergunta “onde minerar criptomoedas?”

Qualquer criptomoeda pode ser minerada?

Para responder essa questão, vamos rememorar o conceito de mineração de criptomoedas apresentado no início deste post. Conforme foi explicado, a mineração de criptomoedas é uma metáfora da atividade mineradora (para extração ouro, diamante, e outros compostos) praticada há séculos.

Vimos também que o que aproxima as duas realidades é o trabalho: de um lado, feito por homens e máquinas, escavando a terra até encontrar os compostos; de outro, realizado apenas por máquinas, resolvendo cálculos até chegar ao código Hash de um bloco.

Portanto, podem ser mineradas todas aquelas criptomoedas que funcionem com base no sistema de blocos, inseridos em uma blockchain graças ao trabalho de supercomputadores.

Alguns exemplos de criptomoedas mineráveis são:

Bitcoin Logo

Bitcoin

Ethereum logo
Ethereum
Dogecoin logo
Dogecoin
Litecoin logo
Litecoin
Monero logo
Monero
Helium coin logo
Helium

Tipos de mineração de criptomoedas

Aproveitando o conceito de mineração que foi revisado no tópico anterior, chegou o momento de pontuar algumas diferenças entre a mineração do Bitcoin (a principal moeda digital) e das demais criptomoedas. Para isso vamos olhar mais detidamente para o Bitcoin e depois para as demais criptomoedas. Contudo, já adiantamos aqui que essa diferença está presente na etapa de validação dos blocos. Vejamos isso agora em mais detalhes:

Como minerar bitcoin?

A mineração de Bitcoin é, por assim dizer, a forma padrão de se minerar. Numa blockchain do Bitcoin, acontece o processo que vem sendo descrito ao longo deste post: supercomputadores trabalham, competindo uns com os outros, para resolver cálculos e conseguir obter o Hash de um bloco.

Assim ocorre o processo de mineração de bitcoins. Aliás, o trabalho das máquinas até encontrar o código Hash e inserir o bloco na rede blockchain é conhecido como prova de trabalho (em inglês, Proof of Work).

O proof of work é o ponto onde se dá diferença no processo de mineração nas demais criptomoedas. Na verdade, algumas delas não deixam completamente de usar esse método para validar os blocos; mas abrem também a possibilidade para o uso de outra técnica, como falaremos na próxima seção.

Como minerar outras criptomoedas?

As demais criptomoedas que não usam o proof of work para a validação dos blocos, utilizam um método chamado prova de participação (ou proof of stake). Por esta técnica não há a realização de problemas matemáticos para a validação de um bloco. Além disso, nem todos os mineradores participam do processo de validação, mas apenas aqueles sorteados.

Grosso modo, funciona da seguinte maneira: os mineradores primeiro precisam comprovar que possuem uma certa quantidade de criptomoeda reservada (essa quantidade é dada como garantia). Depois, ocorre como que uma seleção entre todos os mineradores que participam da rede.

Essa mineração é, na verdade, um sorteio; de modo que os participantes (isoladamente ou em grupos) com maior quantidade de criptomoedas reservadas têm mais chances de serem selecionados. A partir daí, aqueles escolhidos, farão a validação dos blocos e receberão mais moedas digitais como recompensa.

Terminado esse primeiro fluxo de validação, recomeça novamente a seleção. Um detalhe importante é que esse processo não é reconhecido por algumas pessoas como mineração, mas apenas como validação.

Dentre as criptomoedas que fazem uso da prova participação, podemos destacar: Ethereum, Solano e a Cardano.

O que é preciso para fazer a mineração de criptomoedas?

Temos percebido que a atividade de mineração das criptomoedas, quaisquer que sejam elas, tem a sua complexidade. Ou seja, não é possível iniciar nesse ramo de qualquer maneira e sem o mínimo de preparo.

Nesta seção, vamos elencar os requisitos principais, aqueles sem os quais não se pode trabalhar em uma blockchain. A boa notícia é que para iniciar não há tantas exigências: você precisa ter os supercomputadores de mineração, um bom software de mineração e uma carteira de criptomoedas configurada.

Se você ainda não sabe o que significam estes entes, acompanhe a partir de agora um resumo sobre cada um deles:

Carteira digital

RIGs ou Computadores de mineração

Os RIGs são os famosos supercomputadores ou computadores de alta performance. São as máquinas que trabalham nas redes blockchains.

Em resumo, um RIG é montado em gabinetes, os mesmos gabinetes de computadores desktops. E essa qualificação de “supercomputador” ou ”máquinas com alta performance” advém não do seu tamanho, pois eles não são máquinas gigantescas; mas da capacidade de processamento dos dados.

Nesse ponto há uma diferença importante: a montagem de um RIG (montagem do hardware, da máquina ) pode mudar conforme a moeda virtual usada. Por exemplo: A Etherium utiliza bastante placas de vídeos na mineração das suas moedas.

Então, um RIG para a mineração de Etherium possui, além de todos componentes normais de um gabinete (processador, placa-mãe, cooler, fonte, memória, HD/SSD etc), várias placas de vídeo que dão mais eficiência à realização das operações.

Se, por outro lado, os RIGs tiverem por fim a mineração de Bitcoins, então é necessário contar com os melhores processadores do mercado.

Entenda um pouco mais sobre a estrutura dos rigs de mineração neste vídeo:

Softwares de mineração

Os softwares de mineração são como que sistemas operacionais, instalados nos RIGs. E que, uma vez instalados, conectam a máquina mineradora a uma rede blockchain, a uma carteira de criptomoedas (wallets) e servem como plataforma para que essa máquina possa ser gerenciada.

Existem muitos sistemas de mineração. Para citar alguns exemplos podemos falar do Hive OS, EasyMiner e o Multiminer.

Através dos sistemas de mineração, você pode acompanhar o desempenho específico de cada RIG, seja por um computador, tablet ou mesmo por um smartphone.
:

Carteira de criptomoedas

As carteiras de criptomoedas são aplicativos cuja função é armazenar e gerenciar as criptomoedas adquiridas, compradas ou mineradas.

As carteiras, em geral, funcionam com um sistema de chaves públicas e privadas. Nessa dicotomia, a chave pública tem o papel de ser o endereço da carteira, através do qual uma terceira pode transferir moedas à carteira.

A Chave privada deve ficar apenas sob o poder do dono da carteira, pois ela dá o acesso total às moedas guardadas.

Outro ponto importante, é que essas carteiras são mais comumente conhecidas pelo vocábulo inglês wallet. De modo que, há uma divisão em dois tipos de wallets:

Os cold wallets

Que são carteiras que funcionam offline, isto é, funcionam mesmo sem o acesso à internet.

As hot wallets

Apenas funcionam com uma conexão web.

Vale a pena minerar criptomoedas?

Como toda atividade que envolve investimentos, a mineração também tem o seu lado positivo e uma outra face (que não vamos chamar de negativa porque esse termo não serve para expressá-la verdadeiramente) arriscada. Estes riscos se apresentam sob dois pontos de vista: dos movimentos oscilatórios das moedas e dos custos próprios da atividade.

A oscilação no valor das criptomoedas é algo normal até certo ponto. Em dados momentos elas valem mais, em outros valem menos. Por isso, é necessário ter ciência desse fenômeno e avaliar bem antes de começar a minerar.

O segundo ponto são os riscos financeiros do investimento. Na verdade, o que acontece é que os RIGs de mineração consomem uma grande quantidade de energia durante o trabalho. Em determinadas situações, se o que se ganha na mineração das criptomoedas não superar o valor gasto em energia, de fato, não justifica o trabalho. Aliás, isso costuma acontecer em regiões onde a energia elétrica geralmente é bastante cara.

Há ainda outro agravante: o impacto ambiental causado pela mineração. O dano ao meio ambiente que a atividade mineradora provoca acontece em primeiro lugar, porque as máquinas mineradoras entram, com o tempo, em desuso. Depois, por causa da alta quantidade de combustíveis fósseis usada em alguns países como fonte da energia necessária ao trabalho dos computadores.

O que mais você precisa saber?

Para finalizar este post, reservamos este espaço para responder algumas questões, que inclusive podem ser dúvidas suas, a respeito de aspectos gerais da mineração de criptomoedas.

Mineração de criptomoedas é grátis?

Até aqui, tivemos a oportunidade de entender com alguma profundidade como acontece a mineração verdadeiramente. Entendemos, por exemplo, que os RIG (os computadores de mineradores) às vezes precisam ser montados com placas de vídeo, processadores, memória, etc. E a aquisição desses equipamentos envolve um custo.
Mineração de criptomoedas

Além disso, entendemos que essas mesmas máquinas ainda provocam outro custo: o da energia elétrica usada no trabalho. Falamos ainda sobre a necessidade de criar uma carteira digital, que também envolve uma despesa. Enfim. Todos esses pontos elencados já são suficientes para responder à pergunta deste tópico. A mineração não é gratuita, ela sempre envolve um custo e até certo risco.

No entanto, é possível minerar com investimentos menos vultosos (isso é diferente de minerar sem investir). A mineração através da internet, já mencionada antes, possibilita a qualquer pessoa trabalhar da sua própria casa, sem precisar comprar ou montar RIGs de mineração.

Mineração de criptomoedas é crime no Brasil?

Na internet, há muitos registros de pesquisas (buscas) feitas no sentido de entender se a mineração é considerada crime no Brasil, se é uma atividade legal, etc. Mas a resposta para essa questão pode ser encontrada em um rápido passeio nos terrenos do direito penal e do direito constitucional.

Isso se explica de maneira muito simples: no Brasil, uma ação somente passa a ser considerada criminosa quando uma lei assim a define. Isto é texto da Constituição Federal, que diz: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena prévia cominação legal”. Portanto, como não existe uma lei que estabeleça o crime de mineração, essa atividade não pode ser considerada criminosa ou ilegal.

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Redação: Link Nacional
A Companhia Link Nacional atua na área de tecnologia da informação (TI). E é especializada em oferecer serviços e soluções para internet. Fundada em 2004 na cidade de Ribeirão Preto/SP, hoje ela expandiu as suas áreas de negócios por todo o Brasil.
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